quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Viver in verso

Escrever fino ou escrever grosso.
Como se uma lapiseira 0.5 tirasse da idéia um coelho branco e bem dentuço e bem gordo e puxado pela orelha, agarrado a uma cenoura. E depois do puxão, ter que sair do cantinho escuro e ser mostrado a todo mundo que aplaude o pensamento implícito do coelho dizendo: “Isso doeu, caramba!”. O bom é que saiu, oras! Saiu!
Agora, é só saber: quanto vive o traço fino num papel?
Tempo não é nada. Antes pouco tempo ao borrão do grafite 0.9 apagado as cem vezes que o mágico treinou despistar o público com o fundo falso da cartola.
Menos mau, ainda, será?, não ter optado pela caneta que faria jus à teia de aranha rabiscada para o eterno fim cavado trezentos anos depois, enterrada junto à ossada de um coelho empoeirado.