Virou mania (e bem pop), seja pelo que há de bom ou ruim, o tal orkut. Essa foi tirada de uma comunidade orkuteana chamada Café Filosófico "Das Quatro". O tema em questão era: Trova.
E me deliciei com esta. Pra descontrair um pouquinho.
Ao trovador em questão, as honras!
"FOFOCA
A um gago eu disse assim:
- Você gosta de fofoca?
Amigo, no que me toca,
pre-prefiro pin-pinguim!"
Diógenes Pereira de Araújo
É! Também se usa internet pra diversão produtiva. Pena não dê tanto ibope!
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Pequeno Conto Precioso
Se eu desse um looping ao redor da Terra, provavelmente chegaria ao mesmo ponto como o grafite de um compasso. Talvez nem me desse conta do trajeto, da perfeição ou das irregularidades do meu traço. Mas saberia do meu destino quando chegasse à origem de minha saída. Saberia que ali terminaria minha jornada. Talvez chegasse velho, desgastado, e fosse trocado por um risco mais afiado e mais novo que eu.
Grosso como carvão, mas com potencial para diamante. Será que veriam assim?
E para mim: será que me bastaria assim?
É! Tem gente que faz pouco da vida; e, na vida, muito pouco.
Um dia Janete declarou que a maior vontade dela era cavar um buraco na terra, fundo, grande, tão fundo que chegaria ao Japão. Viveria tudo de cabeça pra baixo. Quiçá tivesse que aprender a andar plantando bananeiras e a falar português de trás para frente. E quando retruquei ela disse:
- Ia nada, não senhor! Já pensou se eu tivesse que voltar pro Brasil depois de um tempo lá, e ter que aprender tudo de novo?
- De duas, uma: ou voltava e, provavelmente, não teria mais o seu emprego de volta, ou aprenderia tanto na sua ida que chegaria cheia de novidades e novas vivências de suas andanças.
- É, sim, senhor! Minhas marcas eu ia deixar.
- E por que não vai, então, ao seu Japão?
- Qual nada! Vai que só consigo cavar uns sete palmos... a viagem ia ser pra mais longe do que o planejado!, e sorriu.
Juro por Deus: nunca entendi o porquê de Janete ser, sempre, tão risonha, mesmo pensando tão pequeno!
Grosso como carvão, mas com potencial para diamante. Será que veriam assim?
E para mim: será que me bastaria assim?
É! Tem gente que faz pouco da vida; e, na vida, muito pouco.
Um dia Janete declarou que a maior vontade dela era cavar um buraco na terra, fundo, grande, tão fundo que chegaria ao Japão. Viveria tudo de cabeça pra baixo. Quiçá tivesse que aprender a andar plantando bananeiras e a falar português de trás para frente. E quando retruquei ela disse:
- Ia nada, não senhor! Já pensou se eu tivesse que voltar pro Brasil depois de um tempo lá, e ter que aprender tudo de novo?
- De duas, uma: ou voltava e, provavelmente, não teria mais o seu emprego de volta, ou aprenderia tanto na sua ida que chegaria cheia de novidades e novas vivências de suas andanças.
- É, sim, senhor! Minhas marcas eu ia deixar.
- E por que não vai, então, ao seu Japão?
- Qual nada! Vai que só consigo cavar uns sete palmos... a viagem ia ser pra mais longe do que o planejado!, e sorriu.
Juro por Deus: nunca entendi o porquê de Janete ser, sempre, tão risonha, mesmo pensando tão pequeno!
As belezas
Numa dessas noites de navegação descompromissada na internet, encontrei um texto no Brasil Cultura que me chamou atenção. O título, por si, já era um convite a qualquer curioso: "Africanos Forçados a Reinventar sua Culinária".
Não bastassem divagações e cenas recriadas, ainda me ocorreu Dostoiévski com "a beleza salvará o mundo". Utópica ou não, eis a arte contando História:
...
A Hora “H”
Já notou que há momentos
em que tudo pede tempo?
Tudo há de ser marcado,
ou nada é feito a contento.
Que se faça com ponteiros,
bem hirto pra não errar.
Mas surpresa, ato heróico, alívio...
Não é só na hora "h"?
Já notou que há momentos
em que tudo pede tempo?
Tudo há de ser marcado,
ou nada é feito a contento.
Que se faça com ponteiros,
bem hirto pra não errar.
Mas surpresa, ato heróico, alívio...
Não é só na hora "h"?
Espelho moderno
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Nas "horas H's", sempre a arte!
Pra começar, é ela sempre a onipresente: a arte.
Já viu lugar onde ela nao esteja? Eu desconheço.
Seja pra dançar de tanga com uma tribo, ou acompanhar os sonhos de um workaholic, sempre ela por perto. Há quem não se renda, mesmo no lugarzinho mais distante, onde nunca se viu um lápis?
É sempre bom, então, iniciar a brincadeira por ela.
Já viu lugar onde ela nao esteja? Eu desconheço.
Seja pra dançar de tanga com uma tribo, ou acompanhar os sonhos de um workaholic, sempre ela por perto. Há quem não se renda, mesmo no lugarzinho mais distante, onde nunca se viu um lápis?
É sempre bom, então, iniciar a brincadeira por ela.
OPINIÃO (O CIRCO)
Arte é tudo o que é feito com amor, com paixão. É tudo o que é feito de maneira entregue, de forma livre e absoluta, por inteiro. É tudo que oscila entre o sorriso e o choro, mas que nunca desiste, por saber sua recompensa maior. Essa é a fé da arte, do artista. Não importa o que seja, ela é feita assim. Que seja, então, na forma escrita como um escritor o faz. Seja ela falada, como utiliza um político. Seja pela visão, como um astrônomo a usa. Ou pelo som, como numa música. Que seja ela manifesta no olfato, como um florista possa usar em seu ofício. Ou pelo paladar, o sorriso mais sincero da cozinheira lá de casa. Seja ela pelo tato, pelo contato... como meus pais me ensinaram. Numa fogueira que me aqueça. Tudo isso é arte.
E quem há de negar que a vida é arte? Quem há de negar que existe um palco exposto a todo momento, um picadeiro?
Acredito que o grande mérito do homem seja ter a sua própria performance e se entregar a ela. Cada um tem seu número e espetáculo particular. É como o circo em seu sentido mais puro. A pureza, aliás, é a essência do homem, creio. E cada um que sai das cortinas pode ser visto por quem estiver ali e quiser saborear. Equilibristas do arame que, em outro momento, saem e giram as luzes em direção ao palhaço que é visto por quem quiser vê-lo. Este é surpreendido por quem tira coelhos da cartola, como menos se espera que alguém o faça. Então, entra o que se segura como pode, pra não cair lá de cima e ainda consegue jeito de fazer malabarismos. Nesse instante é que o mero espectador transforma-se no gigante que se põe a favor de qualquer pessoa, e só pra quem quiser ver, inclusive ele mesmo, solto, livre e feliz.
Nada disso, absolutamente nada faz com quem haja alguém melhor. Simplesmente, faz com que cada um seja o autor do show habitante da alma que existe em seu corpo. Está aí, a quem quiser ver, ouvir, sentir, tocar. No final, sempre o riso e o aplauso é que dão a última nota do concerto.
A arte é a verdadeira força motriz da alma, do espírito. Quem não se nutre dela? Não sei o que seria de mim sem ela. E confesso que não me esforço em imaginar. Mas, sou convicto de que é com ela que me inspiro e, através dela, vejo garantidos muitos sorrisos, amores, paixões, choros de alegrias e de tristezas, cores, sons, sabores, cheiros, sonhos e dias.
Arte é tudo o que é feito com amor, com paixão. É tudo o que é feito de maneira entregue, de forma livre e absoluta, por inteiro. É tudo que oscila entre o sorriso e o choro, mas que nunca desiste, por saber sua recompensa maior. Essa é a fé da arte, do artista. Não importa o que seja, ela é feita assim. Que seja, então, na forma escrita como um escritor o faz. Seja ela falada, como utiliza um político. Seja pela visão, como um astrônomo a usa. Ou pelo som, como numa música. Que seja ela manifesta no olfato, como um florista possa usar em seu ofício. Ou pelo paladar, o sorriso mais sincero da cozinheira lá de casa. Seja ela pelo tato, pelo contato... como meus pais me ensinaram. Numa fogueira que me aqueça. Tudo isso é arte.
E quem há de negar que a vida é arte? Quem há de negar que existe um palco exposto a todo momento, um picadeiro?
Acredito que o grande mérito do homem seja ter a sua própria performance e se entregar a ela. Cada um tem seu número e espetáculo particular. É como o circo em seu sentido mais puro. A pureza, aliás, é a essência do homem, creio. E cada um que sai das cortinas pode ser visto por quem estiver ali e quiser saborear. Equilibristas do arame que, em outro momento, saem e giram as luzes em direção ao palhaço que é visto por quem quiser vê-lo. Este é surpreendido por quem tira coelhos da cartola, como menos se espera que alguém o faça. Então, entra o que se segura como pode, pra não cair lá de cima e ainda consegue jeito de fazer malabarismos. Nesse instante é que o mero espectador transforma-se no gigante que se põe a favor de qualquer pessoa, e só pra quem quiser ver, inclusive ele mesmo, solto, livre e feliz.
Nada disso, absolutamente nada faz com quem haja alguém melhor. Simplesmente, faz com que cada um seja o autor do show habitante da alma que existe em seu corpo. Está aí, a quem quiser ver, ouvir, sentir, tocar. No final, sempre o riso e o aplauso é que dão a última nota do concerto.
A arte é a verdadeira força motriz da alma, do espírito. Quem não se nutre dela? Não sei o que seria de mim sem ela. E confesso que não me esforço em imaginar. Mas, sou convicto de que é com ela que me inspiro e, através dela, vejo garantidos muitos sorrisos, amores, paixões, choros de alegrias e de tristezas, cores, sons, sabores, cheiros, sonhos e dias.
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